Aqueles que me conhecem, sabem de minha profunda admiração, por este poeta chileno, a quem eu elevo a categoria de “gênio das palavras e dos sentimentos”.
Neruda foi um dos poetas que melhor soube falar do amor, aquele que ia fundo na alma humana, desnudando os sentimentos.
Estive no Chile durante o ano passado e pude me aprofundar um pouco mais no mundo deste fascinante poeta de quem quero falar um pouco da vida, e obra.
Foto: Arquivo Doc.
Pablo Neruda
Nascido em Parral, no Chile, em 12 de Julho de 1904, Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, foi um dos mais importantes poetas do século XX, e cônsul do Chile na Espanha (1934-1938) e no México.
Seu pseudônimo Pablo Neruda, foi escolhido para homenagear o poeta tcheco Jan Neruda e usado desde seu primeiro livro, “Crepusculário”, lançado quando tinha apenas 20 anos. Em 1946 passou a usá-lo legalmente.
Foi em 1924, com a publicação de: “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada” que sua fama tornou-se maior.
Foto: Rafaela
Valparaíso cidade amada por Neruda
Alternando a vida literária com a diplomática, Pablo Neruda era o embaixador chileno na França quando ocorreu o golpe de Estado que depôs o presidente Salvador Allende. De volta ao Chile, sofreu perseguições políticas e morreu pouco depois, sendo enterrado na mais importante de suas 3 casas, “Isla Negra”, ao sul do Chile.
Há 3 casas que servem de museu dedicados a Nerua, no Chile.
Em minha viagem, não pude visitar a Isla Negra (a mais famosa), pois não houve tempo. A casa, que hora também abriga o museu Neruda mais importante, fica a cerca de 1 hora e meia de Santiago, perto da cidade de Valparaiso (onde há uma das outras casas do poeta “La Sebastiana”). A Terceira delas, fica na capital, Santiago: “La Chascona”
Foto: Arquivo Doc.
Isla Negra
Não saberia listar apenas um poema preferido, mas me despeço com um daqueles que penso ser maravilhoso, como o próprio mestre...
O teu riso
"Tira-me o pão, se quiseres, tira-me o ar, mas nãome tires o teu riso.
Não me tires a rosa,a lança que desfolhas,a água que de súbitobrota da tua alegria, a repentina onda de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regressocom os olhos cansadosàs vezes por verque a terra não muda,mas ao entrar teu risosobe ao céu a procurar-mee abre-me todasas portas da vida.
Meu amor, nos momentosmais escuros soltao teu riso e se de súbitovires que o meu sangue manchaas pedras da rua,ri, porque o teu risoserá para as minhas mãoscomo uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,teu riso deve erguersua cascata de espuma,e na primavera , amor,quero teu riso comoa flor que esperava,a flor azul, a rosada minha pátria sonora.
Ri-te da noite,do dia, da lua,ri-te das ruastortas da ilha,ri-te deste grosseirorapaz que te ama,mas quando abroos olhos e os fecho,quando meus passos vão,quando voltam meus passos,nega-me o pão, o ar,a luz, a primavera,mas nunca o teu riso,porque então morreria."
(Pablo Neruda)
Para saber mais, não deixe de visitar o site da “Fundación Pablo Neruda”
Buenas hermanos!
Rafa.