sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Rifa-se um coração...

Hoje os deixo com as palavras de um verdadeiro sonhador.
E como as vezes digo, à alguns é dado o Dom de escrever aquilo que muitos sentem...


RIFA-SE UM CORAÇÃO, UM CORAÇÃO QUASE NOVO

"Rifa-se um coração quase novo...
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que, na realidade, está pouco usado, meio
calejado,
muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar
ilusões.
Um louco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando
escreveu:
“...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso é que eu espero...”;
Um idealista. Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo
simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para
se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções
verdadeiras.

Rifa-se este coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes, revê suas posições arrependido de palavras e
gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo...

Rifa-se este desequilibrado emocional, que abre sorrisos tão
largos que quase dá prá engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções
fortes.
Um orgão abestado, indicado apenas para quem quer viver intensamente e,
contra-indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se de emoções.

Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa
louco o seu usuário.
Um coração que, quando parar de bater, ouvirá seu usuário dizer para São
Pedro, na hora da prestação de contas: “O Senhor pode conferir, eu fiz tudo
certo.
Só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança, que
insiste em não endurecer se recusa a envelhecer.”

Rifa-se um coração, ou até mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais
de juízo.
Um órgão fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado,
provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais.
Por não querer perder o estilo. Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem
pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro, de comportamento, até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, certamente, os mais avançados não mais
possuem.
Uma verdadeira raridade que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de
não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter
a petulância de se aventurar como poeta."

[ Ricardo Labatt ]



Vou ser breve, até por que, Labatt me deixou sem palavras, fato raro? Sim, mas acontece...
Um grande beijo e fiquem na Paz!
Rafa.

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